sexta-feira, dezembro 24, 2010

Fundador do WikiLeaks teme ser assassinado em prisão dos EUA

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou em uma entrevista que "muito provavelmente" seria assassinado em uma penitenciária dos Estados Unidos no caso de uma extradição para este país a partir da Grã-Bretanha por acusações de espionagem. 
O australiano, atualmente em liberdade condicional na Inglaterra e sob a ameaça de ser extraditado para a Suécia, onde é acusado por supostos crimes sexuais, acredita que Washington estuda uma forma acusá-lo pelo vazamento de milhares de telegramas da diplomacia americana.
Em entrevista ao jornal The Guardian, Assange afirma que seria "politicamente impossível" para a Grã-Bretanha enviá-lo para o outro lado do Atlântico, já que o governo do primeiro-ministro David Cameron deve mostrar que não foi cooptado por Washington. 

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"Legalmente, a Grã-Bretanha não tem o direito de extraditar por delitos políticos. A espionagem é o caso clássico do crime político. Fica a cargo do governo britânico se deve abrir uma exceção", disse. 
Assange disse que as autoridades americanas tentam chegar a um acordo com Bradley Manning, o soldado suspeito de ter repassado os documentos secretos. 
Também disse que se Washington conseguir sua extradição, seja da Grã-Bretanha ou Suécia, então existiria uma "alta probabilidade" dele ser assassinado "ao estilo Jack Ruby" em uma prisão americana.
Ruby, proprietário de um clube noturno, matou a tiros Lee Harvey Oswald em uma delegacia de Dallas, Texas, dias depois da prisão de Oswald pelo assassinato do presidente John F. Kennedy, em 1963.
Os supostos vínculos de Ruby com o crime organizado provocaram muitas teorias sobre a participação dele em uma grande conspiração ao redor da morte de Kennedy.

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"Jack Ruby assassino de Lee Harvey Oswald que supostamente matou Kennedy"


O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.

fonte: Noticias/Terra

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